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VIVER (NÃO) É TUDO agora também em e-book

Lançado em 2015, Viver (não) é tudo – Diário da perseverança, ganha uma segunda edição, agora em formato digital (Amazon Kindle, R$ 10,90). Apontado pelo romancista e crítico literário Miguel Sanches Neto como uma das grandes vozes da lírica contemporânea, o poeta Alcides Buss abre o presente livro com uma epígrafe tirada de uma canção asteca: “É em vão que chegamos, que passamos pela Terra?” Os poemas, sem título, seguem uma espécie de ordem cronológica através das estações do ano, iniciando no verão e terminando no início do verão seguinte. Em cada tempo, exprimem a relação objetiva e também subjetiva da vida com a realidade. É a vigésima quinta obra do autor.

No primeiro livro, Círculo quadrado, publicado em 1970, o poeta buscava, imbuído de certo idealismo juvenil, motivações para viver e usufruir do fato objetivo de existir. O nome dado à coleção de poemas, no entanto, já denunciava a consciência do paradoxo entre ser e estar. Era um tempo de opressão econômica e de liberdade controlada pelas mãos do Estado. Devoto da vocação literária, o autor buscava e encontrava lugar nos caminhos tortuosos da Poesia Marginal.

A inquietação e o espírito inventor o levaram, pouco a pouco, à experimentação poética. Com ela e, talvez, por causa dela, ganhou um concurso universitário que permitiu a publicação de seu segundo livro, O bolso ou a vida?, em 1971.

Daí pra frente, não parou mais. Formou-se professor de Letras, criou oficinas literárias e levou a poesia às ruas e praças através de varais literários.  
Neste vigésimo quinto livro de sua carreira, Alcides Buss confirma as qualidades ressaltadas pela crítica, a exemplo do que diz sobre sua poesia o escritor Hildeberto Barbosa Filho: “A intensidade do lirismo, o domínio vocabular, a sobriedade das imagens e a serena melodia do ritmo, me devolvem a convicção de que a autêntica poesia sempre existirá”. Sobre  Viver (não) é tudo, enfim, afirma a escritora e tradutora Olga Savary:  “de todos, é seu livro mais pungente, verdadeiro (todos são, porém Viver
registra com a maior lucidez e consciência todas as contradições humanas que nos acometem, nosso prazer e também motivo de sofrimento). Sua poesia se aprimora a cada novo livro, a cada vez mais luminosa.”

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